O SR. FLORIANO PESARO – (Sem revisão do orador) – Sr. Presidente, Srs. Vereadores, amigos da TV Câmara São Paulo, público presente nas galerias, hoje está presente mais uma vez o corpo do Theatro Municipal de São Paulo, agradeço pela presença.
Cumprimento também um colega que está presente, o Sr. Gustavo de Padula Novaes, aluno do 5º ano do curso de Economia, da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo, que hoje vem acompanhar nossos trabalhos legislativos. Espero que leve boas recordações deste dia e lembranças cidadãs.
O uso de bicicletas está se multiplicando na cidade de São Paulo, e isso se deve à utilização cada vez maior da ciclofaixa pelos paulistanos.
Estima-se que mais 300 mil ciclistas estejam frequentando as ciclovias, as ciclofaixas e demais meios compartilhados com o pedal. O número de pessoas a usarem a ciclofaixa aos domingos é perto de 40 mil ciclistas.
Como Parlamentar desta Casa que defende a mobilidade humana, recebi com alegria a notícia de que, a partir da segunda quinzena do mês de maio, a ciclofaixa de lazer ganhará mais 14 quilômetros, atingindo as regiões do Brooklin e Santo Amaro. Serão sete quilômetros adicionais em cada sentido da via, que será estendida até o futuro Parque Chuvisco, na zona Sul. Atualmente, as vias para bicicletas contam com 30 quilômetros de percurso e ligam os parques das Bicicletas, do Ibirapuera, do Povo e o Villa Lobos que foi incluído recentemente. Aliás, lembro que essa viabilização é devido à proliferação de locais para guarda de bicicletas, os bicicletários, viabilizado por lei de autoria do meu Colega de Bancada do PSDB, nobre Vereador Adolfo Quintas.
Srs. Parlamentares, creio que a criação e ampliação das ciclovias são iniciativas positivas que remetem à mudança cultural. A ciclofaixa é a prova de que hábitos podem ser mudados e melhorados.
A semana passada estive com o Secretário Municipal de Transportes, Marcelo Branco, e com os diretores da Ciclocidade, Carlos Aranha e Thiago Benicchio, para uma conversa. Discutimos sobre o compartilhamento de vias, a sinalização para bikes e uma maneira de melhor utilização do espaço urbano entre ciclistas, pedestres e motoristas.
Hoje, a cidade de São Paulo tem 35 quilômetros de ciclovias, além de 30 quilômetros de ciclofaixas o que ainda é muito pouco. Deveríamos ter no mínimo 400 quilômetros. Nova York tem 400 quilômetros de ciclovias para seus oito milhões de habitantes. Em Paris são 440 quilômetros. Não precisamos ir longe, em Bogotá, na vizinha Colômbia, são 180 quilômetros de ciclorrutas”, como são chamadas as ciclovias colombianas.
No modelo de ciclofaixa utilizado em São Paulo uma equipe de 50 agentes de trânsito e de mais 125 monitores ajuda a zelar pela segurança dos ciclistas, mas ainda tem gente que tem receio de largar o carro em casa e adotar a bicicleta. Sabemos que muitas pessoas não utilizam por medo de transitar próximo aos carros, ônibus, caminhões e motocicletas. Buscar a convivência pacífica entre os diferentes meios de transporte é um desafio que se impõe à cidade, bem como à implementação de políticas públicas com foco nos ciclistas.
Por isso, justifico a pertinência da criação por esta Casa da Frente Parlamentar em Defesa da Mobilidade Humana. O PDL – que propõe a sua criação – está hoje na Comissão de Constituição e Justiça da Casa, o relator é o nobre Vereador Aurélio Miguel. Peço então ao nobre relator e aos demais Pares da Comissão de Justiça, aos meus Colegas Francisco Chagas e Chico Macena, que contribuíram sobremaneira, para que possamos aprovar e implementar a Frente Parlamentar.
Para terminar, agradeço a colaboração dos nobres Pares supra citados, e especialmente os Vereadores Ricardo Teixeira, Marco Aurélio Cunha, Netinho de Paula, Abou Anni e Aurélio Miguel, dentre outros, ao propormos um espaço de debate às questões relacionadas com a mobilidade do cidadão paulistano. Aguardamos ansiosamente a instalação da Frente Parlamentar da Mobilidade Humana na Cidade de São Paulo, contribuição desta Câmara Municipal.
Muito obrigado, Sr. Presidente Vereador Police Neto!