Nada mais pertinente do que uma união feminina celebrando o aniversário de Israel. Este país nasceu dos esforços de homens e mulheres que, em igual importância, literalmente puseram suas mãos na terra e plantaram um modelo de desenvolvimento, de crescimento contínuo e de modernidade numa das regiões mais áridas do planeta. Esta terra sempre foi defendida por seu singular exército, composto de jovens rapazes e moças, todos comprometidos com a sobrevivência e a história do povo judeu.
Israel, como povo, sempre soube honrar suas matriarcas na narrativa bíblica. Sara, Rivka, Rachel e Leá são arquétipos de sensibilidade, decisão e companheirismo.
Israel é a nação que produziu uma das maiores líderes mundiais na história feminina recente: Golda Meir. Esta incansável senhora sempre esteve à frente, tanto nos momentos mais decisivos do nascimento do novo país, como durante incontáveis crises. Golda Meir reunia em si a capacidade política de um chefe de estado e a sensibilidade de uma mãe e avó.
São de Golda Meir as palavras que definem a saga do Estado de Israel:
“Nós podemos perdoar os árabes por matarem nossos filhos. Mas nós nunca poderemos perdoá-los por nos obrigarem a matar seus filhos.
Só haverá paz no Oriente Médio no dia em que o amor que eles têm por seus filhos for maior do que o ódio que sentem por nós.”
Nossa esperança é que no dia em que festejamos o 61º aniversário da Independência do Estado de Israel prevaleça, finalmente, o amor sobre o ódio.
Floriano Pesaro, sociólogo, ex-secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social da Prefeitura de São Paulo e vereador da cidade de São Paulo.