O SR. FLORIANO PESARO (PSDB) – (Sem revisão do orador) – Sr. Presidente, gostaria de cumprimentar a Sra. Fabíola Farias que nos visita nesta Casa; telespectadores da TV Câmara São Paulo; colegas; pessoal do projeto Adote um Vereador, em especial, ao Sr. Cláudio Vieira que solicitou para que utilizássemos os tablets. Então, Cláudio, aqui estão os tablets que estamos usando em nossos argumentos e falas.
Sr. Presidente, quero falar a respeito da Campus Party e a sustentabilidade no século XXI. V.Exa. esteve lá, na tarde de ontem, proferindo palestra sobre transparência, dados abertos, importância da internet para a gestão pública e para a transparência das nossas ações, parlamentares.
Tive a satisfação de participar nesta quinta-feira da 5ª edição da Campus Party que é um evento, sem dúvida alguma, inovador que coloca em debate o que há de mais novo na área da tecnologia. Entre as principais atrações do encontro, tive a oportunidade de reconhecê-lo e destaco-o: o Campus Verde, que promoveu e promove doze ações ligadas ao meio ambiente.
O espaço foi desenvolvido para auxiliar no combate ao desperdício de recursos naturais, fortalecer soluções sustentáveis, debater o ativismo socio-ambiental nas redes sociais, além de abordar o empreendedorismo social, que é algo que acreditamos muito, que deixou de ser uma promessa e se tornou realidade.
Hoje, há fundos de investimento específicos para negócios dessa natureza e grandes oportunidades nesse segmento. Mas a Campus Party reflete também uma esperança para o futuro. As novas gerações, antenadas com a sustentabilidade e o respeito ao meio ambiente, já vislumbram negócios sustentáveis que saem do papel a partir desse encontro. São jovens que se mobilizam por meio do Facebook, blogs e Twitter, redes sociais em geral, para propor ações em escala mundial, colocando o meio ambiente na ordem do dia.
Recentemente, por exemplo, os integrantes do movimento Pedal Verde se mobilizaram para a troca de sementes e plantio de mudas de árvores por todas as cidades e por toda a Cidade de São Paulo. Todo o planejamento do encontro foi realizado por meio das redes sociais.
No Campus Verde, os sete mil participantes também encontram projetos especiais ou até mesmo ideias muito simples, mas com resultados surpreendentes. Os visitantes têm a oportunidade de realizar, na prática, atividades que utilizam a tecnologia para prolongar a duração de equipamentos, por exemplo, como na oficina Watercooling. Nela é possível fazer, de modo caseiro, e com componentes comuns um sistema de refrigeração, por exemplo, a base de água, que estabiliza a temperatura de diferentes aparelhos eletrônicos, prolongando sua vida útil.
Uma das oficinas orienta sobre como reutilizar peças na composição de um computador, mostrando que nem sempre é necessário comprar modelos novos. Nesta quinta-feira, está sendo realizada a palestra Uso de PCs com Energias Renováveis, que aborda como alguns modens podem proporcionar melhora no rendimento dos PCs e redução do gasto de energia.
O evento também conta com uma exposição de robôs gigantes feitos de lixo eletrônico, oficinas de componentes produzidos com material reciclado ou reutilizado. Uma das intervenções mais interessantes que conheci foi o Homem Refluxo, personagem que acumulará todo o seu lixo, gerado durante os dias do encontro em uma roupa especial, chamando a atenção dos participantes para a questão do consumo consciente.
Em sintonia com a proposta, o nosso PL 496/10 dispõe sobre a destinação final ambientalmente adequada de resíduos sólidos produzidos por centros comerciais e shoppings centers. É fundamental, Sr. Presidente, que esta Casa possa aprovar este projeto e o Prefeito possa transformá-lo em lei.
Outro destaque na programação é a Mesa que abordou o assunto das tecnologias voltadas para a mobilidade urbana nas grandes cidades, que mostrou qual é o papel da tecnologia na solução de um dos maiores problemas do homem moderno: o trânsito.
Para facilitar a mobilidade urbana, também estamos propondo o PL 621/11, que dispõe sobre benefícios fiscais aos empregadores que possuam em seu quadro funcional o mínimo de 30% de empregados, cujas residências distem até cinco quilômetros do local de trabalho.
Por último, a Campus Party também realiza uma coleta de lixo eletrônico, na qual os participantes poderão deixar seus equipamentos antigos: eletrônicos, eletroeletrônicos, celulares e acessórios de informática, evitando a contaminação e os problemas de saúde gerados pelo descarte incorreto desses materiais.
Enfim, trata-se de um evento de importância incalculável. Estamos às vésperas da Rio, evento das Nações Unidas que será realizado para avaliar os avanços alcançados duas décadas após a ECO 92. Será um ambiente oportuno para a proposição de alternativas
será um ambiente oportuno para a proposição de alternativas de sustentabilidade para este milênio.
O Município de São Paulo e esta Câmara Municipal, por meio de sua Comissão de Meio Ambiente, não ficarão fora dessas discussões que já estão na pauta do cotidiano das novas gerações e têm de estar na pauta do cotidiano desta Casa.
Muito obrigado, Sr. Presidente.