09/06/2010 – Críticas ou Condolências

Sr. Presidente, muito obrigado. Nobres Vereadores, amigos e telespectadores da TV Câmara São Paulo.
A mídia internacional deixou-se levar por um genial golpe de propaganda anti-sionista orquestrado pelos mesmos que pregam a destruição do Estado Judeu, transformando-se num massacre midiático a tudo e a todos os israelenses.
Lamentar profundamente a perda de vidas humanas é tradição milenar do judaísmo.
Diferentemente dos fundamentalistas, na civilização judaico-cristã o objetivo da vida não é a morte ou o martírio: é sim viver, crescer, construir!
No caso da flotilha, cabe debitar a tragédia aos turcos irresponsáveis, organizadores desta aventura que, certamente, contaram com o financiamento e a cumplicidade dos “amigos de Teerã”.
Enquanto isso, aqui no Brasil o chanceler Celso Amorim se mostrou “chocado” com a ação na flotilha. E mais uma vez cabe aqui uma pergunta a ele, extensiva também ao governo Lula: “por que não se abalam nem se dizem chocados com os mortos de Teerã e os de Cuba?”. Aí, eles se calam…
E quem cala Israel em sua tentativa de esclarecer a verdade dos fatos é a maioria automática do mundo árabe. Israel é considerado culpado em qualquer situação…
Aos poucos, o mundo civilizado entenderá o que estava maquiado na flotilha, como os 50 mercenários contratados para o caso de enfrentamento físico e que desempenharam seu papel com algum sucesso, nos primeiros minutos da abordagem.
Gaza é dominada pelo grupo terrorista fundamentalista Hamas, uma filial avançada do ódio e do fanatismo irracional, que dividiu pelo golpe e pela força o próprio povo palestino.
Não recordo ter ouvido falar sobre “solidariedade humanista” às vitimas civis israelenses durante os atentados suicidas em ônibus, restaurantes e shoppings de Israel, que ceifaram milhares de vidas de civis. Também omitiram-se os humanistas, nos últimos cinco anos, quando cerca de 10 mil foguetes Qassam foram lançados de Gaza sobre a população israelense. E o soldado Shalit, que encontra-se sequestrado há cerca de 4 anos pelo Hamas, sem direito à visitação por instituições humanitárias?
O atual bloqueio visa inibir a produção de foguetes pelo Hamas e evitar a entrada de armas e munições.
Os suprimentos têm entrado em Gaza em bases regulares, por via terrestre, atendendo as necessidades da população palestina, sem contar os mais de 700 túneis que o Egito tolera na sua fronteira do Sinai com a faixa de Gaza.
Neste momento de acusações vale lembrar o ensinamento de Golda Meir, a primeira-ministra de Israel na década de 70: “É preferível as críticas do que as condolências”.
SHALOM, SALAM, PAZ!
Muito obrigado.