O SR. FLORIANO PESARO (PSDB) – Sr. Presidente, meus pares, caros colegas vereadores, turma da Unibes, meus cumprimentos. Aliás, uma saudação muito calorosa aos colegas da Unibes. Não sei se os meus pares conhecem, mas a Unibes (União Brasileiro-Israelita do Bem-Estar Social) faz com os jovens um trabalho importante no que tange à qualificação e à capacitação profissional, propiciando o ingresso dessa garotada maravilhosa no primeiro emprego. Estão de parabéns! Aliás, sou fã dessa organização. Um beijo à Zenóbia e a todos os dirigentes.
Nesta tarde de quinta-feira, falarei um pouco de uma questão que aflige a todos nós paulistanos: o lixo produzido por nós diariamente. Todos nós aqui conhecemos alguém que descarta lixo em lugares impróprios; no chão, por exemplo. Isso é muito comum na nossa cidade. Mas será que todo mundo sabe o que acontece com esse lixo que é jogado no chão? Além de sujar a cidade, atrapalhar o pedestre, gerar contaminação do ambiente e incentivar a proliferação de ratos, é muito provável que vá parar nos córregos e rios.
Os dados mais recentes que obtive por meio de uma pesquisa mostram que 35% da poluição do Rio Tietê e do Rio Pinheiros vêm do lixo que é jogado nas ruas da cidade. Dados de antes da lei de restrição do fumo, sancionada pelo governador José Serra, mostram que 4 milhões de bitucas de cigarro são descartadas todos os dias nas ruas da cidade de São Paulo. Essas bitucas acabam nos nossos córregos, nos nossos rios e são levadas até os nossos mares, contaminando-os e poluindo-os. Esses dados, mostrados recentemente numa reportagem do SPTV, são estarrecedores.
Para preparar este projeto de lei que ora apresento à Casa ainda tive de pesquisar outros dados; dados que mostram, por exemplo, que são coletadas 300 toneladas, ou 300 mil quilos de lixo por dia só por meio da varrição – feita por 4 mil garris – das calçadas da cidade. No ano passado, foram despejadas nas calçadas pelas empresas clandestinas de caçamba 3 mil toneladas, 400 toneladas a mais do que geralmente as empresas que trabalham regularmente na cidade de São Paulo costumam coletar. Isso é impressionante!
No dia 14 de abril, na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, o Governador José Serra participou do seminário “Rios de São Paulo”. Esse encontro teve como objetivo discutir a recuperação das águas fluviais da região metropolitana de São Paulo; consequentemente a questão do lixo, que, cada vez mais, tem de receber uma atenção especial.
Por iniciativa de um eleitor, elaboramos um projeto de lei que trata especificamente dessa questão, obrigando as concessionárias que fazem o serviço de coleta do lixo na cidade a informar aos cidadãos de todos os bairros o horário da coleta do lixo e a forma como deve ser coletado o lixo reciclável. Esperamos que, com mais informação e mais conhecimento, todos os cidadãos possam contribuir com a coleta de lixo reciclável e, consequentemente, com uma cidade mais limpa e um futuro melhor para todos nós.
Voltarei a falar desse assunto no Grande Expediente. Muito obrigado, Sr. Presidente.