Para comemorar o Dia Internacional da Síndrome de Down – celebrado no dia 21 de março – a Câmara Municipal de São Paulo, por iniciativa do vereador Floriano Pesaro, realizou nesta quinta-feira, 29/03, um seminário que abordou a inclusão através da cultura, esporte e lazer. O evento reuniu cerca de 200 interessados, que puderam participar dos debates e compartilhar experiências com familiares que lutam pela igualdade de direitos dos portadores da Síndrome de Down. Participaram do encontro Marcos Belizário; secretário municipal da pessoa com deficiência e mobilidade reduzida; o médico Zan Mustacchi, diretor clínico do Centro de Estudos e Pesquisas Clínicas de São Paulo; e Guilherme Bara, blogueiro e ativista da causa dos portadores de deficiência.
Floriano Pesaro defendeu a necessidade de reforçar políticas públicas de inclusão de pessoas com deficiência intelectual, em especial, os portadores de Down. “Hoje sabemos que a Síndrome de Down é um distúrbio genético que ocasiona uma série de problemas de saúde que não impedem contato social, muito pelo contrário”, explicou. O vereador acrescentou que, ao contrário da antiga média dos 30 anos para a expectativa de vida dos portadores da síndrome, 80% deles alcançam, hoje, os 60 anos de idade.
Estiveram presentes no evento representantes do Executivo, ONG’s parceiras, palestrantes e convidados. Na ocasião, foram apresentadas atividades recreativas, como dança, teatro e karatê. Jovens e adultos com Down afirmaram o quanto são importantes as atividades de inclusão para a quebra de paradigmas sociais. “A realização de atividades recreativas é essencial para a autoestima e o autoconhecimento dessas pessoas”, afirmou Maria Fernanda Ferrari – da ONG Vamos Juntos – irmã de um portador da síndrome.
O II Seminário em comemoração ao Dia Internacional da Síndrome de Down foi realizado em parceria com a ADID (Associação para Desenvolvimento Integral do Down); o Instituto Olga Kos; a ONG Vamos Juntos e o Grupo Chaverim.
“A inclusão é suada, tem altos e baixos, surpresas positivas, decepções. Assim é a vida. A inclusão só está sendo construída diariamente graças aos que não se negam a acreditar e a arriscar. Os que dispensam porta-vozes e acreditam que alguém com Down pode ir a luta e construir sua própria realidade”, finalizou Floriano.