Sr. Presidente, nobres Vereadores, telespectadores da TV Câmara São Paulo, Boa tarde!
Hoje cidades do mundo todo se mobilizam pelo Dia Mundial sem carro. Hoje, pela manhã, peguei um ônibus na Avenida Santo Amaro, próximo a minha casa, que saiu do Terminal Varginha e chegou ao Terminal Bandeira, utilizando a Avenida Santo Amaro, a Avenida Nove de Julho e chegando ao Terminal Bandeira. Fiz o trajeto em cerca de 15 minutos.
Hoje é um dia simbólico porque, evidentemente, para a grande maioria da população paulistana, todo o dia é o Dia Mundial Sem Carro. Mas queremos mostrar, de forma simbólica, às pessoas, que é possível uma forma alternativa ao automóvel e que precisa se transformar em realidade a partir de uma nova reeducação das pessoas.
Participo e reconheço a importância do movimento desde a primeira vez que a cidade se mobilizou. Acho importantíssimo.
Estamos falando de Mobilidade Humana. Mobilidade em uma cidade com 11 milhões de habitantes e uma frota que já bate a casa de 7 milhões de veículos. É quase 1 automóvel para cada dois habitantes.
Assim como a Frente Parlamentar da Mobilidade Humana, o Dia mundial sem carro tem como objetivo ampliar os espaços de discussão sobre o tema, abordar a mobilidade sob a ótica do planejamento urbano, da educação, da cidadania e da segurança no trânsito.
Aqui em São Paulo a data está sendo marcada por uma série de ações, promovidas pela prefeitura.
Hoje, por exemplo, está sendo testada a ideia de faixas exclusivas para pessoas que dão carona. As faixas solidárias, como são chamadas, serão de uso exclusivo dos carros que estiverem com duas ou mais pessoas.
Há ainda a inauguração de mais um trecho de ciclovia na Zona Oeste. A via dedicada às bicicletas ligará a Estação Butantã do Metrô à USP. O trajeto tem extensão de 840 metros, passando pelas avenidas Vital Brasil e Afrânio Peixoto.
Vale lembrar ainda da extensão do horário de pico dos ônibus e dos trens. O aumento de 30 minutos nos horários de pico da manhã e da noite representará um aumento de cerca de 33% no número de viagens.
Funcionará também uma faixa exclusiva para ônibus na Radial Leste; entre as ruas Wandenkolk e Pinhalzinho, no sentido bairro, e entre as ruas Carlos Silva e da Figueira, no sentido Centro. Com isso a fluidez no trânsito deve melhorar 15%, estimam os engenheiros.
Tudo isso não só como forma de incentivo para quem quer deixar o carro em casa na data, mas também como teste de novas soluções de mobilidade para a cidade.
Enfim, a mobilidade urbana deve se inserir em um novo modo de pensar a política urbana de nossa cidade, levando em conta a mobilidade humana, o desenvolvimento local e a sustentabilidade ambiental. É preciso adotar um modelo focado nos cidadãos e em suas necessidades.
Muito obrigado!