Esquenta para a balada no posto de gasolina?

Na edição de hoje do Jornal da Tarde, uma reportagem bastante completa aborda o PL 371/2011, apresentado por mim, que tramita na Câmara Municipal. Esse projeto visa proibir a venda de bebidas alcoólicas em lojas localizadas dentro de postos de gasolina em toda a capital paulista –as chamadas lojas de conveniência. O mesmo projeto foi discutido, também, no programa Metrópole, da Rádio Estadão ESPN, hoje por volta das 11h30.
Na prática, a ideia é evitar que motoristas bebam nesses locais. Quem circula pela cidade sabe que as lojas de conveniência são pontos de “esquenta”. As pessoas param e se encontram nos postos, a caminho da balada. Compram bebidas, consomem ali mesmo e depois saem dirigindo pela cidade.
Há quem diga que esse projeto de lei é restritivo. Pode até ser, mas a ideia nasceu depois que três acidentes gravíssimos envolvendo motoristas alcoolizados estamparam as manchetes de jornais praticamente na mesma semana. Um deles originou o Grupo VivaVitão.
Quem acha a lei rígida demais, provavelmente mudaria de ideia caso perdesse uma pessoa querida num acidente de trânsito envolvendo motoristas alcoolizados. E as estatísticas são alarmantes: das 40 mil mortes que ocorrem no trânsito de SP por ano, 16 mil têm alguma relação com bebidas alcoólicas. Se as pessoas tivessem consciência de não dirigir depois de beber, não precisaríamos de leis duras como essa.
Lembrando que a lei 11.705 de 2008, mais conhecida como “Lei Seca”, apresentou resultados expressivos no primeiro mês em vigor: diminuiu em 35% os acidentes de trânsito em todo país.
Um estudo realizado pela Secretaria Nacional Antidrogas – SENAD, em parceria com a Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, mostrou que 52% dos brasileiros acima de 18 anos consomem bebida alcoólica pelo menos uma vez ao ano. E que dois terços dos motoristas já dirigiu depois de ter ingerido bebidas alcoólicas em quantidade superior ao limite legal permitido.
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