Foi sancionado o projeto de lei que cede permanentemente área para a Associação Cruz Verde. A instituição é mantenedora do hospital especializado no cuidado de paralisia cerebral grave.
O prefeito de São Paulo sancionou na sexta-feira (8/7) o projeto de lei que cede permanentemente área para a Associação Cruz Verde. O vereador Floriano Pesaro foi o relator do projeto de lei.
Criada em 1958, a instituição é mantenedora do hospital especializado no cuidado de paralisia cerebral grave. O trabalho da associação acabou sendo intensificado a partir de 1970, quando houve a doação em regime de comodato do terreno onde está localizada a entidade, à Rua Dr. Diogo de Faria, 695, na Vila Clementino, Zona Sul da Capital.
A doação foi defendida pela Secretaria Municipal de Saúde pois o local oferece serviços considerados satisfatórios pela pasta. Desde agosto de 2008, a Associação mantém uma parceria com aquela secretaria. Na ocasição foi feita a assinatura do Termo de Convênio SUS para internação de pacientes crônicos com transtornos mentais e comportamentais. O acordo tem vigência de 60 meses.
Mais de 53 anos de história
Atualmente, a Associação Cruz Verde atende 206 internos com paralisia cerebral grave e tem 300 funcionários. Ao longo de mais de meio século de serviços prestados, milhares de pacientes receberam tratamento individualizado, gerando mais de 200 mil atendimentos nas áreas de fisioterapia, hidroterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, nutrição, psicologia, odontologia e especialidades médicas. Além do convênio com o SUS, a Cruz Verde se manteve atém então por meio de doações individuais de pessoas físicas e jurídicas.
Com a doação da Prefeitura, a entidade poderá expandir seus serviços. “Queremos e precisamos fazer mais, pois temos filas de espera para atendimento. Estudamos a possibilidade de instalar uma UTI. Queremos nos tornar modelo para que outras instituições do País possam utilizar nosso know-how. Aqui o tratamento e cuidado são feitos com muito amor. Aplicamos todos os recursos em benefício da instituição e dos pacientes”, afirmou o presidente da Associação, Flávio Padovan.
A superintendente da Associação, Marilena Pacios, definiu o ato da Prefeitura como “marco histórico e um divisor de águas para a Cruz Verde”.“Vamos continuar cuidando desse terreno. Hoje vivemos uma perspectiva de buscar novos rumos. Queremos ser um referencial na assistência aos portadores de paralisia cerebral grave. Temos em vista um projeto de ter uma completa unidade hospitalar e ambulatorial. Nosso compromisso é atender nosso paciente sem que ele precise sair daqui”.