O SR. FLORIANO PESARO (PSDB) – (Sem revisão do orador) – Sr. Presidente, Srs. Vereadores, telespectadores que nos acompanham da TV Câmara, trago um assunto de grande interesse da Cidade que, neste momento, vive uma expansão importante. Refiro-me às Ciclofaixas de Lazer de São Paulo, iniciativa bem-sucedida do amigo, o então Secretário de Esportes Walter Feldman.
Trata-se de uma experiência que está ganhando cada vez mais importância na Cidade. Inicialmente, funcionavam apenas aos domingos, das 07h00 às 14h00, mas a partir do dia 29, próximo domingo – esta é a boa notícia -, passam das 07h00 até às 16h00, estendendo em duas horas o seu horário. Os cidadãos paulistanos ganham mais duas horas para pedalar, se divertir e cuidar da saúde.
A Prefeitura de São Paulo pretende, também, liberar o uso da Ciclofaixa em um dia da semana, sendo, a princípio, uma vez por mês, como experiência. A ideia é melhorar o convívio de ciclistas e motoristas e tornar a bicicleta um meio de transporte para quem mora em São Paulo.
Aliás, os ciclistas pediram a abertura das Ciclofaixas nos feriados e, numa audiência na qual estive presente, juntamente com vários cicloativistas, o Secretário Marcelo Branco prometeu estudar as medidas para atendê-los.
No sentido de melhorar o convívio entre ciclistas e motoristas, a Secretaria Municipal de Transportes anunciou a redução da velocidade máxima dos carros e outros veículos automotores nas vias onde há Ciclofaixas, o limite passou de 60 para 40 quilômetros por hora, com o objetivo de aumentar a segurança dos ciclistas.
As Ciclofaixas funcionam desde agosto de 2009 e, segundo o Secretário Marcelo Branco, contribuem para uma convivência mais harmoniosa entre as bicicletas e os carros no trânsito. A prova disso, seria a redução do número de acidentes envolvendo ciclistas que, em 2010, há registro de 49 mortes e, em 2009, 61. Portanto tivemos uma redução de 2009 para 2010 de mais de 19%, quase 20%.
Como parlamentar e defensor da mobilidade humana, creio que o maior uso das ciclovias é muito positivo e remete, sem dúvida nenhuma, a uma mudança cultural. A ciclofaixa é a prova de que hábitos podem ser mudados e melhorados.
A cidade de São Paulo tem, hoje, 30 quilômetros de ciclofaixas de lazer que funcionam todos os domingos. O percurso é feito em ruas e avenidas e começa no Parque das Bicicletas, em Moema, zona Sul da Cidade, passa pelo Parque do Ibirapuera, pelo Parque do Povo, no Itaim e acaba no Parque Villa-Lobos.
No próximo domingo, São Paulo ganhará mais sete quilômetros de ciclofaixa em cada sentido. Esse novo trajeto vai ligar o Parque do Povo ao futuro Parque Chuvisco, na Av. Jornalista Roberto Marinho. Com isso, a ciclofaixa de lazer passará a ter 44 quilômetros de extensão e já será uma das maiores do mundo. Está prevista, também, a implantação de mais três ciclovias para funcionamento diário, totalizando 55 quilômetros, em bairros como Jardim Helena, Itaim Paulista e Guaianases, na zona Leste; Jardim Brasil, na zona Norte; Grajaú e Cocaia, na zona Sul e outras localidades.
Cada vez mais ciclistas estão nas ruas e é preciso discutir o compartilhamento de vias. É nisso que eu aposto e acredito. Precisamos discutir, também, sobre a sinalização para bikes e uma maneira melhor de utilizar o espaço urbano, conciliando os pedestres, os ciclistas e os motoristas.
Buscar a convivência pacífica entre os diferentes meios de transporte é um desafio que se impõe à Cidade, bem como, a implementação de políticas públicas com foco nos ciclistas.
Agora, com a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Mobilidade Humana, na Câmara Municipal de São Paulo, será possível criar um espaço de debate para as questões relacionadas à mobilidade dos cidadãos paulistanos, especialmente, para quem não utiliza o automóvel.
Muito obrigado, Sr. Presidente.