“Sozinhas, as ONGs chegam mais rápido. Juntas, chegam mais longe”. Este é o argumento usado por Felipe Bannitz de Paula Machado, da Fundação Getúlio Vargas, especialista em comércio solidário, para defender a mobilização das organizações sociais para a rede de comércio justo. A convite do vereador Floriano Pesaro, ele e outros três especialistas debateram a Lei 14.949/09, que institui a Rede de Comércio Solidário da Cidade de São Paulo.
O evento, que aconteceu hoje (02/12) na Câmara Municipal, reuniu representantes de dezenas organizações sociais, que ainda participaram de uma exposição de seus produtos no hall do Auditório Prestes Maia – 1º andar, na Câmara.
“Sem dúvida, esta Lei é um enorme avanço para o município e seus cidadãos, pois proporcionará geração de renda e inclusão social. Pautada pelos princípios da economia solidária, a Lei beneficia as organizações sociais que desenvolvem produtos artesanais com potencial de comercialização”, explicou Floriano, autor da Lei 14.949 e presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Microempresas (ME), das Empresas de Pequeno Porte (EPP), dos Microempreendedores Individuais (MEI) e das Cooperativas.
Para o estudioso Felipe Machado, a economia solidária pode ser entendida com uma metáfora da planta. “A semente precisa de terra fértil, água e adubo para se desenvolver. A semente são as pessoas com suas habilidades; a terra fértil, as ferramentas de microcrédito, e a água e o adubo são o consumo consciente”, explica.
Falando sobre a política municipal de microcrédito, o Prof. Hugo Duarte, presidente do Conselho Administrativo do Programa São Paulo Confia, elogiou a iniciativa do evento. “Gostaria de parabenizar o vereador Floriano pela iniciativa de trazer para essa Casa o debate sobre economia solidária com profundidade”, afirmou. Para o professor, o bom resultado do programa está diretamente relacionado à criação da Central de Telemarketing. Outro importante fator de sucesso do programa é resultado do acompanhamento técnico dos empreendimentos prestados por agentes de crédito nas unidades de atendimento.
No âmbito estadual, Dráuzio Pedroso Vitiello, assessor especial do Banco do Povo Paulista, afirmou que o microcrédito “é a bola da vez”. “O microcrédito é uma necessidade absoluta para maior inclusão social das pessoas da base da pirâmide”, disse.
Em 11 anos de funcionamento, o Banco do Povo Paulista, da Secretaria Estadual do Emprego e das Relações do Trabalho, já realizou 200 mil operações, totalizando R$ 615 milhões de recursos disponibilizados. “Nossos juros são absurdamente baixos: 0,7% a mês. É um juro de mãe para filho”, ressaltou.
Segundo Vitiello, o Banco do Povo Paulista está presente em 425 municípios do Estado, atingindo 89% da população. Ele anunciou ainda que, na capital, serão abertos 15 novos escritórios, além dos dois já existentes (Vila Mariana e Itaim Paulista). “Temos cerca de R$ 120 milhões para serem aplicados no microcrédito”, afirmou.
O vereador Floriano Pesaro ressaltou que, no atual cenário, é “imprescindível” a organização do pequeno empresariado, com propostas de incentivo e promoção do segmento no município alinhado com os demais níveis de governo.
Rede de Comércio Solidário da Cidade de São Paulo
Vivenda da Criança
Oficina de Artes Boracea
Casa do Zezinho
Estação Vivência CROPH
Lúmen
Projeto Quixote
OAF (Organização de Auxílio Fraterno)
Arte Luz da Rua
Apóie
Aldeia do Futuro
Adere
AME
Social Bom Jesus
OAT
Alternativa
Olga Kos
Grupo Chaverim
Irmã Idelfranca
CAF
CISM
Abecal