Existe uma enorme diferença entre o falar e o fazer. Ninguém discorda disso. Mas, atualmente a sociedade tem a sensação de que o protagonismo é do falar. Não ignoro o desalento das pessoas com relação à perspectiva de mudanças e melhorias.
É preciso destacar, no entanto, que há casos exemplares de gestão séria e competente que têm transformado a vida das pessoas, especialmente as mais vulneráveis. Em São Paulo, o compromisso e a determinação do governador Geraldo Alckmin de não deixar ninguém para trás, assegurou que a população, especialmente a mais vulnerável, possa contar com redes de proteção social fundamentais.
Como ex-secretário do Desenvolvimento Social, tive o privilégio de poder transformar em realidade meu compromisso com a assistência social. Um dos principais desafios da nossa área foi organizar as políticas públicas do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Com isso, avançamos no desenvolvimento do sistema gerencial dos programas sociais da Secretaria voltados à garantia de acessos a bens e serviços aos cidadãos em situação de vulnerabilidade. O Plano Estadual de Assistência Social (PEAS 2016-2019), talvez possa ser considerado um dos mais inclusivos e democráticos em toda história do Estado, se não o mais.
Os resultados práticos disso são enormes:
• entre dezembro de 2000 e 2017, os 52 restaurantes da rede Bom Prato serviram mais de 193 milhões de refeições para a população em situação de vulnerabilidade social, ao preço de R$ 1 para o cidadão;
• 75 milhões de litros de leite distribuídos a quase 626 mil crianças e idosos carentes;
• Quase 55% de reinserção social de dependentes químicos pelo Programa Recomeço (4,4 mil acolhimentos apenas em 2017);
• Transferência de renda, em 2017, de R$ 77.477.519,00 (2017) para a formação de 24.793 jovens do Programa Ação Jovem; R$ 151.469.314,00 para 55.580 famílias carentes no Programa Renda Cidadão; e R$ 2.951.200,00 para 1.480 idosos carente com mais de 80 anos, no Programa Renda Cidadã – Benefício Idoso.
Além disso, São Paulo tem, na rede sócio assistencial da Proteção Social Básica do Estado, 7.520 serviços nos 645 municípios do Estado, que receberam investimento de R$ 78.648.381,68 em 2017. E a rede de Proteção Social Especial, atendimento especializado a famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social (abandono, maus-tratos físicos e/ou psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimento de medidas socioeducativas, situação de rua e situação de trabalho infantil, entre outras) conta com 3.705 serviços, com investimento de R$ 132.210.940,34 em 2017.
Mas o desenvolvimento social efetivo só funciona integrado à Saúde e a Educação. Em São Paulo, estão os principais serviços de saúde do País: Hospital das Clínicas, InCor, Icesp, Emílio Ribas (o maior centro de infectologia do Brasil) e o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, entre outros. Aqui são realizados mais de 30% dos atendimentos de urgência e 35% dos transplantes do País.
A rede de saúde do Estado conta com:
• 20.458 médicos
• 98 hospitais
• 59 AMEs que atendem 15 mil pacientes por dia
• 20 centros da Rede de Reabilitação Lucy Montoro que realizam 100 mil atendimentos por mês
• 76 unidades da Rede Hebe Camargo (tratamento oncológico), com 3,5 milhões de atendimentos por ano (94% dos pacientes atendidos perto de casa, ao lado da família)
• Entre 2011 e 2017, investimentos de R$ 9,7 bilhões na compra e distribuição de medicamentos e R$ 8,4 bilhões extras para Santas Casas, entidades e hospitais filantrópicos
Na Educação, 43,5% das crianças de até três anos de idade estão nas creches (30,4% é a média nacional). Reduzimos o índice de analfabetismo para 2,8%, contra 7,2% no restante do País. Aqui, as pessoas com mais de 25 anos sem instrução são 5,8%, contra 11,2% no País. São Paulo tem a maior rede educacional do Brasil, com 3,7 milhões de alunos em mais de 5,4 mil escolas. São 243,6 mil profissionais da Educação, sendo 198,6 mil professores.
Tratamos os desiguais de maneira especial, com todo o respeito que cada um merece. Seguridade social, ensino de qualidade, presteza do atendimento à saúde e o profissionalismo na segurança pública. Mais os equipamentos estaduais exemplares, como as melhores rodovias e o Poupatempo. Democraticamente acessível para cada brasileiro em São Paulo.
Não é suficiente, precisamos fazer mais por São Paulo. No restante do País, então, nem se fala. Mas nós mostramos que é possível. E mais do que possível, imprescindível. Porque como diz Geraldo Alckmin: se o Brasil não for de todos, não será para ninguém.