A Câmara de São Paulo barrou na tarde desta quarta-feira (18) o projeto de lei que autorizava o prefeito Fernando Haddad (PT) a decretar feriado em São Paulo em qualquer jogo do Brasil durante a Copa do Mundo. Em uma manobra da oposição e com a base do governo rachada, não houve quorum para votar o projeto.
Apesar disso, a administração municipal ainda poderá decretar ponto facultativo na segunda-feira (23), quando ocorre o próximo jogo do Brasil na Copa, contra Camarões. Também há a expectativa para uma nova tentativa do governo de votar o projeto do feriado na próxima terça-feira (24).
O líder do PT, vereador Alfredinho, justificou a derrota afirmando que alguns parlamentares da base aliada estavam preocupados com prejuízo para o comércio. “Não aprovou não foi só por causa da oposição. Não é questão de não ter maioria. A base não votou”, disse Alfredinho.
O vereador Floriano Pesaro (PSDB) criticou o modo como a base tentou votar a autorização, utilizando outro projeto que estava em tramitação. “Projetos dessa natureza oportunistas”, disse ele.
Haddad pretendia tornar feriado já a próxima segunda-feira para evitar o trânsito ocorrido nesta terça (17), quando o Brasil jogou contra o México, em Fortaleza. O congestionamento de terça chegou a 302 km às 15h, uma hora antes da partida do Brasil.
O recorde histórico é de 344 km, atingido às 19h de 23 de maio, quando a cidade enfrentou um dia chuvoso. Muitos paulistanos não conseguiram chegar aos seus destinos e só ouviram a partida pelo rádio.
Além do jogo do Brasil a partir das 17h, em Brasília, na próxima segunda, haverá na mesma data o jogo entre Holanda e Chile, às 13h, no Itaquerão, na zona leste de São Paulo, o que deve prejudicar o trânsito na capital paulista.