“Entre a angústia e a esperança
Floriano Pesaro, sociólogo.
Com quem falamos ao nosso redor, parece-nos que os sentimentos são muito parecidos neste mês de recrudescimento da pandemia do coronavírus no Brasil. Misturam-se certa angústia, preocupação e ansiedade pelo fim deste pesadelo que continua a ceifar vidas, empregos e renda – nesta ordem. Por isso, enquanto a vacina não chega em quantidade e velocidades suficientes aos braços do povo brasileiro, podemos nos reconfortar no exemplo israelense de vacinação, combate às fake news e aos tratamentos ineficazes e, mais recentemente, às inovações tecnológicas fruto de Eretz Israel.
A vacinação no mundo todo se mostrou um desafio contínuo. O início dele se deu nas custosas e incertas pesquisas científicas pelas quais o mundo todo ansiava fervorosamente. Num feito inédito para a humanidade, uma sorte de vacinas foi protocolada para aprovação nas mais diversas agências sanitárias de todo o planeta.
Neste momento – e até antes dele – países de todo o globo apressaram-se em contatar laboratórios a fim de garantir imunizantes tão logo que salvassem vidas e economia. Entre eles, estava Israel, mas não estava o Brasil – que optou por aderir à menor cota do consórcio da OMS, Covax Facility, no longínquo março de 2020.
Apesar desse atraso e de todas as consequências que este acarretou, sabemos que a vacinação avançará e que, em breve, estaremos livres de dias tão penosos e tão dolorosas para milhares de famílias diariamente que perdem seus entes queridos e, também, seus negócios.
Em meio a esse cenário, Israel nos dá uma janela para o futuro. Nas redes sociais, compartilhou-se fartamente um pequeno vídeo em que jovens israelenses apareciam dançantes, sem máscaras e aglomerados nas ruas de Tel Aviv. Uma imagem singela, mas que traduz imensa esperança vinda da terra onde já se vacinou mais de 60% da população adulta.
Outra esperança vinda da terra sagrada é o avanço nos estudos israelenses de uma vacina em pílula. Daquele contínuo desafio para a imunização global, restou-se a nós o logístico. As vacinas disponíveis no mercado hoje são injetáveis e, parte delas, necessitam de um cuidado logístico envolvendo baixíssimas temperaturas, inviáveis em países subdesenvolvidos, mas – inclusive – em regiões de países em desenvolvimento, como o Brasil.
A invenção israelense se deu por meio de tecnologia desenvolvida na Universidade Hadassah Ein Kerem, localizado no subúrbio de Jerusalém, e viabilizada comercialmente por meio de uma joint venture entre a israelense Oramed Pharmaceuticals Inc. e a indiana, Premas Biotech, que criaram a Oravax Medical Inc, responsável por protocolar os testes da vacina oral.
Sem necessidade de aplicação presencial num posto de saúde por profissional, de estoque em baixas temperaturas e, principalmente, de materiais necessários à aplicação tópica, essa invenção israelense promete avançar num nível sem precedentes o processo de imunização contra a Covid-19.
Em especial, nos países mais pobres que encontram dificuldades com os insumos e logísticas para a aplicação de vacinas convencionais.
Ainda há outro importante avanço em curso, a vacina oral israelense promete ativar a imunização com base em três proteínas do Sars-Cov-2, vírus responsável por causar a Covid-19.
Isso significa que a futura vacina oral pode ser, além de mais barata e simples, mais eficaz contra variantes – já que as vacinas tradicionais apontam para apenas um “pico único” do vírus que tem nos causado tanto temor, tantas mortes e tantas limitações.
Por isso e por tudo que já passamos, caro leitora, cara leitora, devemos olhar o futuro com esperança. Mais e melhores vacinas virão e com elas mais vida e mais liberdade.
Felizes somos nós que testemunhamos o papel de Israel na importância da vacinação, na defesa da verdade e na inovação pela vida. Os ventos que ventam lá, ventarão aqui. Nos resta mantermo-nos protegidos e firmes na esperança, na ciência e na racionalidade.”
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