Coordenador do programa econômico do pré-candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB), o economista Pérsio Arida foi o convidado da nona edição do Clube dos 500, realizada no dia 2 de julho. Iniciativa do deputado federal Floriano Pesaro (PSDB/SP) com o objetivo de se manter muito próximo das necessidades e anseios da população, o Clube dos 500 reúne, desde 2014, lideranças empresariais, partidárias e comunitárias, entre outros convidados, para debater os temas que mobilizam a sociedade.
Para uma plateia de mais de 200 pessoas, Pérsio Arida, um dos pais do Plano Real – que, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, tirou o Brasil do fundo do poço e recolocou o País na rota do crescimento — falou sobre as dificuldades que o próximo presidente terá para realizar essa hercúlea tarefa mais uma vez. Isso porque, segundo ele, as condições à época de FHC eram política e socialmente parecidas às de agora, mas a saúde financeira do Brasil, que se acreditava terrível, era bem melhor que a atual.
O economista ressaltou que, para o Brasil voltar a crescer a um ritmo de 4% ou 5%, é necessário equilibrar as contas públicas, por meio principalmente de corte de gastos e ajuste fiscal. O objetivo do programa de governo de Alckmin, segundo ele, é zerar em dois anos o atual déficit de 2,5% do PIB e transformá-lo em superávit de 2% no fim do quarto ano de mandato.
“O País não pode errar. Esta é uma eleição muito peculiar, não é uma eleição que vai suceder um governo que arrumou o país: é um momento de desemprego alto, crescimento baixo, cenário internacional pior. Neste momento, é muito importante saber escolher”, alertou Arida. Para fazer as reformas modernizadoras que o País precisa é necessário, em sua opinião, ter experiência e já ter realizado mudanças com êxito, com o fez Geraldo Alckmin em São Paulo. “Não se pode cogitar criar mais impostos, esse é o caminho errado de resolver a crise financeira do governo. A carga tributária do Brasil de FHC era 22%, hoje está em 33% e a despesa do governo, que era de 14% do PIB, agora é de 20%”. Isso demonstra, segundo Arida, que aumentar a arrecadação só faz permitir ao governo e ao Congresso gastar mais. A solução é cortar gastos. “Todos os candidatos falam em ajuste fiscal. A pergunta que eu faço é: quem já fez? Alckmin fez. A última coisa que a gente pode querer agora é alguém sem experiência”, alertou o economista.
Em sua apresentação, o deputado federal Floriano Pesaro lembrou que “no PSDB, todo mundo sabe que não existe plano econômico sem um viés social”. E esse viés social sempre esteve presente em todos os planos de governo de Geraldo Alckmin e do PSDB. “Este é um ano extremamente desafiador, sabemos de nossa responsabilidade. Nós somos reformistas, essa é uma marca do PSDB”, afirmou.
Segundo o deputado, o partido ajudou a mudar o Brasil e vai continuar a fazer isso. “Sem demagogia, sem facilidade. Não há uma solução milagrosa, não há uma solução autoritária, não há uma solução fora da política. Nós vamos juntos mudar o Brasil”, concluiu Pesaro.
Assessoria de Imprensa
Deputado Federal Floriano Pesaro (PSDB-SP)