Votação simbólica levou cerca de 40 minutos e precisa ir a plenário para ser aprovada; prefeito deve negar a proposta
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Vereadores pedem o fim do rodízio de carros na capital (Foto: André Lessa/Estadão Conteúdo)
28.mai.2014 | Atualizada em 29.mai.2014 por Redação VEJA SÃO PAULO
A Câmara Municipal aprovou na tarde desta quarta-feira (28) o fim do rodízio municipal de veículos. A aprovação ocorreu em votação simbólica. Nesses casos, os vereadores votam projetos cuja validação já havia sido definida nos bastidores e outros de menor relevância, como o de nomeação de ruas. Para medidas importantes, os parlamentares decidem na chamada votação nominal no plenário, quando todos os parlamentares dão seu parecer.
A aprovação do fim da Lei nº 12.490, criada em outubro de 1997 e que restringe a movimentação de carros com placas finais 0 a 9 em dias alternados, durou cerca de 40 minutos.
Segundo o autor da proposta, o vereador Adilson Amadeu (PTB), a extinção do rodízio deve ser levada agora a uma votação nominal.
De acordo com Amadeu, quando a lei foi instaurada, o trânsito da cidade vivia uma realidade completamente diferente. “Um lugar em que falta metrô, que está cheio de semáforos quebrados, não pode restringir o fato de a pessoa sair com o seu automóvel de casa”, afirma ele. Apenas dois políticos foram contrários à decisão, Floriano Pesaro (PSDB) e Arselino Tatto (PT).
Para Amadeu, o sistema de rodízio hoje em dia é facilmente burlado pelos motoristas. “Quase 2,5 milhões de veículos circulam irregularmente na cidade sem que haja qualquer tipo de fiscalização que os retire das ruas. Eles disputam espaço com os que cumprem a lei à risca. A classe média tem dois ou três carros para sair em dias diferentes”, alega. “Agora, o prefeito vai ter que tomar uma iniciativa para melhorar o trânsito. Ele vai ter de resolver”, conclui.