O SR. FLORIANO PESARO (PSDB) – Muito obrigado, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Vereadores, boa tarde. Primeiramente, queria cumprimentar os alunos da Escola Dom Bosco, da Santa Luzia, e mandar um abraço para o Padre Reane.
Estão me informando que o Padre Reane já não está mais lá, que foi para Americana. Ele foi uma grande liderança, especialmente na realização do sonho de Dom Bosco, que é o sonho da Educação. Parabéns.
O nobre Vereador Juscelino Gadelha está lembrando que também estudou com os Salesianos.
Queria cumprimentar os telespectadores da TV Câmara e sugerir-lhes a leitura do artigo de hoje do nobre Vereador Police Neto, Verdades inconvenientes, publicado no jornal O Estado de S. Paulo. Recomendo, porque é uma leitura esclarecedora sobre as verdades, sobre os fatos e as verdades que dizem respeito à discussão do Plano Diretor Estratégico na cidade de São Paulo.
Também queria aproveitar a oportunidade e agradecer ao Sr. Presidente desta Casa, o nobre Vereador Antonio Carlos Rodrigues, que, na noite deu ontem, promoveu neste Parlamento, junto comigo, a concessão do Título de Cidadão Paulistano ao Sr. Presidente do Superior Tribunal de Justiça, o Ministro César Asfor Rocha, com a presença de mais de 11 Srs. Ministros do Superior Tribunal de Justiça, de todos os Srs. Desembargadores Federais, de Srs. Advogados e do Sr. Presidente da OAB, num evento que, mais uma vez, dignificou esta Casa. Agradeço a todos os Srs. Vereadores que, junto comigo, aprovaram a concessão deste Título ao Sr. Presidente do Superior Tribunal de Justiça.
Sr. Presidente, trago outra questão que considero importante – descobri recentemente que é lei de autoria do nobre Vereador Gilberto Natalini – sobre o envelhecimento ativo. Eu, como militante da área social, considero esse, talvez, um dos principais problemas que o Brasil enfrentará nos próximos anos, muito maior do que as questões enfrentadas pelas crianças como: creches, escola, pós-escola, violência física, moral, sexual.
Já avançamos muito nas várias direções necessárias. A principal questão dos próximos anos – para não chamar de problema – é justamente o envelhecimento que chamo de ativo, lei de autoria do nobre Vereador Natalini.
O mundo possui hoje uma população de idosos por volta de 646 milhões. Em 2050 serão mais de dois bilhões de idosos – dados da Organização Mundial da Saúde. Significa que 21% da população mundial terão acima de 60 anos. Os países não estão preparados para esse fato, especialmente o Brasil, que sempre foi um país jovem e de jovens. É um país que está envelhecendo com uma população mais idosa e envelhecendo por mais tempo também.
Atualmente, no Estado de São Paulo, o número de idosos já atingiu 4,3 milhões. Desse total, quase dois milhões é composto por pessoas com mais de 70 anos de idade. Para São Paulo esse desafio é enorme, num cenário onde existem mais de 1.200.000 pessoas que vivem em comunidades rurais, aldeias indígenas, áreas de contaminação ambiental e regiões de difícil acesso – sem contar com a população de rua na cidade de São Paulo que também envelhece, além do abandono familiar que registramos.
O professor, médico e pesquisador em saúde pública Alexandre Kalache, que trabalhou comigo na Secretaria de Assistência Social em uma série de projetos de atividade para os idosos, principalmente os Núcleos de Convivência de Idosos, para o atendimento/dia a essa população, dizia: como adequar a sociedade a essa mudança demográfica brutal? Significa pensar, planejar e agir já, tanto do ponto de vista da legislação quanto da acessibilidade. A acessibilidade não se restringe somente a deficientes e sim, aos idosos que serão maioria da população no país.
Devemos cuidar das questões da acessibilidade, atividades durante o dia e do cuidado. Um dos Projetos que encaminho a esta Casa é o do Vizinho Solidário para que um vizinho adote um idoso, cuide e zele pelo seu bem-estar junto ao Poder Público e à Secretaria de Assistência Social.
Muito obrigado, Sr. Presidente.