Em2009, completam-se 90 anos da promulgação da Lei nº 2.191, que autorizou a criação de um cemitério israelita na cidade de São Paulo. Para comemorar a data, a Sociedade Cemitério Israelita de São Paulo — Chevra Kadisha — organizou uma programação multicultural: “É uma maneira de nos remetermos à própria origem da comunidade judaica de São Paulo”, afirma Jayme Melsohn, diretor da Chevra.
Os eventos ligados ao Cemitério Israelita de Vila Mariana começaram dia 13 de setembro com uma solenidade no próprio local e descerramento de uma placa rememorativa. Funcionários ajudaram visitantes a localizar sepulturas entre as 5.500 existentes.
Além disso, a programação incluiu a exibição de dois filmes sobre ritos judaicos e familiares e o lançamento do livro Os primeiros judeus de São Paulo: breve história contada através do Cemitério Israelita de Vila Mariana, de Paulo Valadares, Guilherme Faiguenboim e com fotografias de Niels Andreas. A publicação é resultado de uma pesquisa de quatro anos, transformada em uma obra “não acadêmica, para quem não é especialista apreciar”, segundo Faiguenboim.
De acordo com Guilherme, a pesquisa que levou à edição do livro vai ao encontro da tendência europeia e norte-americana de fazer levantamentos e bancos de dados sobre os cemitérios, a fim de que qualquer um tenha acesso a essas informações. “O cemitério da Vila Mariana está muito bem conservado, bonito e cada túmulo possui muita informação”. Ele lembra que em cidades como Buenos Aires e Paris turistas costumam visitar os cemitérios, e que poderiam fazer o mesmo com o primeiro cemitério judaico de São Paulo.
Da esq. para a dir.: José Meiches, presidente da Chevra Kadisha, Guilherme Faiguenboim, Jayme Melsohn, diretor da Chevra e idealizador do evento, vereador Floriano Pesaro (Foto: Benjamin Steiner)