O comércio exterior brasileiro atravessou o triênio recente com vigor, ajustes e mudanças de composição. Em 2023, o Brasil bateu recorde histórico de exportações, chegando a US$ 339,7 bilhões, com superávit de US$ 98,8 bilhões, impulsionado por aumento de volume e queda de preços, combinação que ampliou a competitividade externa.
Em 2024, o saldo foi novamente muito robusto, US$ 74,6 bilhões, e a indústria de transformação alcançou sua maior marca já registrada, com US$ 181,9 bilhões exportados, sinal de diversificação e ganho de fôlego em bens de maior complexidade. As vendas externas totais ficaram em US$ 337 bilhões e a corrente de comércio em US$ 599,5 bilhões.
Chegando a 2025, até junho, o quadro é de estabilidade em valor, com US$ 165,9 bilhões exportados no primeiro semestre, praticamente igual ao mesmo período de 2024, e leve ganho em toneladas embarcadas, reflexo de preços internacionais mais baixos em várias cadeias. No semestre, a corrente de comércio superou a marca de US$ 300 bilhões, recorde histórico para um primeiro semestre.
A composição setorial ajuda a entender a fotografia atual. Em junho e no acumulado do ano, a indústria de transformação cresceu, enquanto a indústria extrativa recuou e a agropecuária manteve estabilidade, um espelho da queda de preços de commodities minerais e de parte do complexo de grãos. No acumulado de 2025 até junho, a transformação subiu 4,7%, a agropecuária cedeu 0,6% e a extrativa caiu 11,8%.
No agronegócio, os números confirmam resiliência e protagonismo. O setor exportou US$ 82 bilhões no primeiro semestre de 2025, essencialmente estável sobre 2024, e respondeu por 49,5% de tudo o que o país vendeu ao exterior no período . Em junho, foram US$ 14,6 bilhões, com preços internacionais mais baixos, mas volumes relevantes nos principais segmentos.
Entre os destaques do agro, a carne bovina acelerou no meio do ano, com junho somando US$ 1,428 bilhão, avanço de 50% em valor e 23% em volume sobre junho de 2024, sinal de recomposição de demanda e de mercados compradores mais ativos.
O petróleo consolidou a ascensão como item chave da pauta. Em 2024, o óleo cru assumiu a liderança do ranking de produtos mais exportados, superando a soja por margem estreita, movimento ancorado no pré-sal e em ganhos de produtividade.
No primeiro semestre de 2025, os dez produtos mais exportados tiveram como cabeças de lista soja, óleos brutos de petróleo e minério de ferro, com participações aproximadas de 15%, 13% e 7,5% respectivamente.
Do lado das políticas comerciais externas, a recente sobretaxa anunciada pelos Estados Unidos não incidiu sobre alguns itens relevantes, como petróleo e minério de ferro, amenizando riscos imediatos nessas frentes.
Em máquinas e equipamentos, o cenário é misto. As exportações do setor somaram cerca de US$ 1,05 bilhão em junho, alta de 14,5% sobre junho de 2024, mas o semestre acumulou queda de 4,3% em relação ao mesmo período do ano passado, com preços internacionais recuando e incertezas adiante em função do ambiente tarifário nos EUA.
Nos minérios, o país viu volumes crescerem e receitas cederem pela compressão de preços. No primeiro semestre de 2025, o setor mineral exportou 192,5 milhões de toneladas, alta de 3,7%, com faturamento externo de US$ 20 bilhões, queda de 6,5% na comparação anual. O minério de ferro respondeu por 52,8% da receita do setor.
Esse mosaico requer ação coordenada de promoção comercial, inteligência e apoio direto às empresas. Na ApexBrasil, sob a liderança do presidente Jorge Viana, temos priorizado uma estratégia de três eixos: ampliar a densidade exportadora da indústria de transformação, diversificar mercados para o agro e sustentar a inserção competitiva de petróleo, gás e energias limpas.
A isso se soma a liderança e a experiência do vice-presidente Geraldo Alckmin, ministro do MDIC, cuja atuação tem sido fundamental como articulador dos setores produtivos. Alckmin exerce um papel singular de ponte entre governo, empresários e trabalhadores, com equilíbrio e pragmatismo. Sua trajetória como gestor público e seu profundo conhecimento do setor produtivo dão segurança ao empresariado brasileiro, ao mesmo tempo em que fortalecem a posição do Brasil nas negociações internacionais.
Sob sua condução, o MDIC e a ApexBrasil atuam de forma coordenada, promovendo missões empresariais estratégicas, apoiando setores vulneráveis a barreiras externas e criando oportunidades em novos mercados. Alckmin tem insistido na importância de transformar bons números em desenvolvimento social e geração de empregos, visão que se materializa no diálogo construtivo com associações setoriais e com a base industrial brasileira.
Em síntese, 2023 consolidou um patamar alto, 2024 mostrou solidez mesmo com preços em queda, e 2025, até junho, combina estabilidade em valor com recomposição setorial. O caminho adiante exige resiliência, inteligência comercial e coordenação público-privada. A ApexBrasil seguirá articulando governo, setor produtivo e parceiros internacionais, em estreita parceria com o MDIC e sob a liderança do vice-presidente Geraldo Alckmin, para transformar estatísticas em mais empresas exportando, mais setores sofisticando suas pautas e mais empregos de qualidade no Brasil.